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Anathema

"Todos elogiam o sonho, que é o descansar da vida. Mas é o contrário, Doutor. A gente precisa do viver para descansar dos sonhos"

Anathema

"Todos elogiam o sonho, que é o descansar da vida. Mas é o contrário, Doutor. A gente precisa do viver para descansar dos sonhos"

O Lobo Das Estepes

Anathema, 27.10.18

 

SINOPSE

Harry Haller é um esquisitão. Nunca contente com a vida, ele possuí apenas duas certezas: A primeira, é que dentro dele duas entidades travam uma batalha. O homem, e o lobo. Enquanto um vive, o outro ri e graceja. A segunda, é que quando finalmente completar cinquenta anos, se matará. Mas até esta libertação, há muito o que suportar.
Mas como nada é tão simples, Harry vê sua vida revirada quando recebe um estranho livreto nomeado de ” o tratado do lobo da estepe” e posteriormente conhece Hermínia e Pablo, peças-chave para o seu desenvolvimento, já que o conduzem com maestria para a destruição daquele antigo e insatisfeito Misantropo que já foi.

 

“Então desesperado, tenho de escapar a outras regiões, se possível o caminho do prazer, senão o caminho da dor.Quando não encontro nem um nem outro e respiro a morna mediocridade dos dias chamados bons, sinto-me tão dolorido e miserável em minha alma infantil, que atiro a enferrujada lira do agradecimento à cara satisfeita do sonolento deus”

lobo-da-estepe“Pois o que eu odiava mais profundamente e maldizia mais, era aquela satisfação, aquela saúde, aquela comodidade, esse otimismo bem cuidado dos cidadãos, essa educação adiposa e saudável do medíocre, do normal, do acomodado”

“E que tudo isto, como hoje os primórdios do rádio, só servirá ao homem para fugir de si mesmo e de sua meta e envolver-se numa rede cada vez mais cerrada de distrações e ocupações inúteis”

“Era uma vez um certo Harry, chamado Lobo da Estepe. Andava sobre duas pernas, usava roupas e era um homem, mas não obstante era também um lobo das estepes. Havia aprendido uma boa parte de tudo quanto as pessoas de bom entendimento podem aprender, e era bastante ponderado. O que não havia aprendido, entretanto, era o seguinte: estar contente consigo mesmo e com sua própria vida”.