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Anathema, 22.12.22
“Não é obrigação de ninguém permanecer ao lado de uma pessoa ou uma situação abusiva. A gente pode respeitar, a gente pode perdoar e mesmo assim escolher se distanciar. Porque não é egoísmo optar por cuidar da própria saúde mental e da paz da nossa alma. Sim, todos nós encontramos pessoas tóxicas pelo caminho. E essas pessoas também nos ensinam muito e colocam a prova a nossa capacidade de tolerância, respeito, paciência e amadurecimento. As pessoas difíceis também nos ajudam a crescer. Não podemos esperar que sempre encontraremos pessoas gentis, que compactuem dos mesmos pensamentos e ideais que os nossos. Mas isso não significa que precisamos aceitar tudo, tampouco conviver eternamente ao lado de alguém que não nos respeita e nem entende limites. Quando a convivência é abusiva e o diálogo é nulo, o afastamento se torna a cura. Afastar-se não um ato nocivo quando feito com discernimento e respeito. É uma estratégia que quando possível ameniza danos de uma convivência que não fazia bem. A gente precisa parar de se culpar por escolher se preservar diante de uma situação que não apresentava outra alternativa. É melhor se afastar do que insistir em convivências que machucam. Ninguém pode mudar o outro, mas a gente pode escolher se retirar de espaços que não nos ajudam a crescer sem precisar se culpar por essa escolha. Respeitar não obriga ninguém a conviver.”
Alexandro Gruber