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Não te posso esquecer, mas posso ir-te esquecendo. Não é esta semana, nem sequer este mês, mas há de ser. Afastando-me aos poucos de ti, afastando-me aos poucos de tudo o que me faz lembrar de ti. Não pode haver pressa, mas tem de haver esforço. Não posso ignorar a dor, mas abraçá-la, aceitá-la e depois então superá-la. Perceber que mereço uma nova oportunidade de ser feliz. Perceber que nem tudo é para sempre. Perceber que não há forma mais natural de curar uma dor do que com o tempo. Perceber que não sou o primeiro que passa por isto. Perceber, aceitar e superar. Não há esperança maior do que começar de novo.
Raul Minh'alma