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Apesar das portas fechadas na cara e das caras viradas para o lado, apesar dos tapetes puxados sob os pés e das cortinas cerradas, apesar das rasteiras e das pedras atiradas, apesar das palavras vãs e dos sorrisos de troça, apesar dos sonhos roubados e dos presentes envenenados, apesar de tudo o que pesa e causa dor, apesar da escuridão dos corações e dos redemoinhos do destino, eu continuo a acreditar na bondade como força maior. Continuo a acreditar na beleza das coisas puras e na luz que desencanta a indiferença e nos dá a certeza da pertença a algo superior. Algo que nos orienta e inspira, algo que nos ampara e reconforta, algo que talvez seja outra forma de poesia ou talvez se chame humanidade. Continuo a acreditar que há uma razão e que cada um de nós é uma peça insubstituível desta máquina do mundo de que somos o coração.
lado.a.lado