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Julho 06, 2013
Anathema
Falamos demasiado para que eu recorde o que falamos, vivemos demasiadas vidas para que eu as possa separar.
Para que eu me possa separar de ti. (...)
Morreste-me antes que eu morresse - e não consigo morrer sem ti. Nunca consegui.
Todos os dias da minha vida estive contigo - como se todas as amizades anteriores fossem só o caminho para chegar a ti, como se todas as amizades posteriores fossem apenas a ausência de ti.
Mas ninguém nos diz como se sobrevive ao murchar de um sentimento que não murcha.
Nunca soube viver sem ti - encontrava-te em todos os sonhos, à beira de uma explicação que nunca chegava mas que eu sabia existir.
Inês Pedrosa