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Anathema

"Todos elogiam o sonho, que é o descansar da vida. Mas é o contrário, Doutor. A gente precisa do viver para descansar dos sonhos"

Anathema

"Todos elogiam o sonho, que é o descansar da vida. Mas é o contrário, Doutor. A gente precisa do viver para descansar dos sonhos"

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Anathema, 24.11.24

 

Como responder a uma crítica destrutiva?
Em 1950, uma jornalista afirmou que Marilyn Monroe só era bonita graças aos seus vestidos caros. Em resposta, Marilyn fez algo icônico: posou para uma sessão de fotos usando nada além de um saco de batatas.
Essa atitude é uma lição poderosa: se te jogarem pedras, construa fortalezas; se for esterco, transforme-o em adubo para o seu jardim.
As pessoas sempre terão algo a dizer sobre você, mas a opinião que realmente importa é a que você vê refletida no espelho. Orgulhe-se de quem você é, dos erros que cometeu e das lições que aprendeu. Críticas podem ferir, mas só te definem se você permitir. Mantenha a cabeça erguida e continue avançando, porque quem se ama de verdade não precisa provar nada a ninguém, apenas a si mesma.

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Anathema, 24.11.24

 

"Sempre fui fascinado pela lei do esforço reverso. Às vezes eu a chamo de 'lei reversa'. Quando você tenta ficar na superfície da água, você afunda; mas quando você tenta afundar, você flutua. Quando você prende a respiração, você a perde — o que imediatamente traz à mente um ditado antigo e muito negligenciado: 'Quem quiser salvar sua alma, a perderá.'
- Alan Watts, do livro 'Sabedoria da Insegurança'
Esta regra é aplicada pelos Navy SEALs, que estão entre os guerreiros de elite da Terra. Uma coisa que eles aprendem desde cedo é a Lei Reversa (como conseguir o que você quer deixando ir). No treinamento dos Navy SEALs, há uma coisa chamada proteção contra afogamento. Os instrutores amarram suas mãos e pés e jogam você em uma piscina de 9 pés. O objetivo é sobreviver por 5 minutos. Alguns entram em pânico e precisam ser retirados. Alguns até morreram. Mas muitos passam porque conhecem os segredos por trás do teste.
O primeiro segredo: quanto mais você tenta manter sua cabeça acima da água, maior a probabilidade de afundar. Com suas mãos e pés amarrados, é impossível se manter flutuando por 5 minutos.
O segundo segredo: quanto mais você entra em pânico, mais oxigênio você queima.
O paradoxo é brutal: quanto mais você tenta viver, menor a probabilidade de permanecer vivo!
O que você quer fazer é relaxar completamente e se deixar afundar. Quando você alcança o fundo, chute-se de volta para cima para pegar ar. Repita.
Esta história resume perfeitamente a lei inversa: quando mais esforço significa menos recompensa.

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Anathema, 23.11.24

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Anathema, 23.11.24

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Anathema, 16.11.24

 

“A Metamorfose”, de Franz Kafka, é uma daquelas peças que te deixa a pensar.
Não é apenas a história de um homem que acorda transformado num inseto, mas uma profunda reflexão filosófica sobre a alienação, a identidade e o absurdo da existência humana.
Do ponto de vista existencialista, a transformação de Gregor Samsa pode ser vista como uma metáfora da sensação de estar preso numa vida que já não reconhecemos como nossa. Quantas vezes nos sentimos estranhos na nossa própria pele, desligados de quem somos, espectadores da nossa própria vida ou do que os outros esperam de nós? Gregor, ao tornar-se num insecto, representa essa sensação extrema de desumanização, de se tornar algo que não se encaixa mais no mundo, nem mesmo na sua própria família.
Kafka confronta-nos com uma ideia chave na filosofia existencialista: o isolamento do indivíduo. Gregor, na sua nova forma, é incapaz de se comunicar, de ser compreendido ou aceite. Este isolamento não é apenas físico, é existencial. Aqui é onde ressoa o pensamento de Jean-Paul Sartre e a sua ideia de que “o inferno são os outros”. Gregor é rejeitado e temido, e apesar de permanecer o mesmo por dentro, a sua aparência o condena-o à solidão e ao esquecimento.
Além disso, “A Metamorfose”
também nos fala do absurdo, um conceito que Albert Camus desenvolve na sua filosofia. A transformação do Gregor não tem explicação nem sentido, e esse é precisamente o ponto. Num mundo absurdo, as coisas acontecem sem razão aparente, e nós, como seres humanos, somos forçados a enfrentá-las sem ter respostas. Gregor não questiona porque se tornou um inseto; ele simplesmente tenta adaptar-se e continuar com sua vida. Mas, no final, o absurdo esmaga-o.
Gregor perde seu valor aos olhos da sua família no momento em que não consegue mais trabalhar nem atender às expectativas sociais. Sua transformação física reflete uma verdade mais profunda: somos vulneráveis a perder nosso lugar no mundo quando deixamos de cumprir os papéis que nos impõem.
A Metamorfose é um alerta sobre a fragilidade da identidade e a desconexão entre o ser humano e o seu ambiente. Kafka lembra-nos que, neste mundo cheio de normas, expectativas, julgamentos, a verdadeira tragédia é perder a ligação com a nossa própria humanidade, e nesse processo, ser esquecido ou descartado por aqueles que nos deveriam entender.
A peça de Kafka deixa-nos uma pergunta perturbadora:
Quanto da nossa identidade é definida pelos outros?
 
(Quentin Machado)

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Anathema, 10.11.24

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Anathema, 10.11.24

 

Não julgues que sabes. Não sabes. Quando vês a água a jorrar da fonte, não lhe conheces a nascente. Vês a flor sem lhe saber a semente. Não julgues que sabes. Não sabes. Quando vês a marca dos passos no chão, não vês os pés. Quando vês só o que vês, não vês mais nada. Por isso, não julgues que sabes. Quando alguém te bate à porta, vês só que chegou e não a estrada que deixou ou que deitou. Não julgues que sabes, não queiras saber só o que julgas. Despe-te de ti e despede-te do que tens como certo. Se queres saber como é, não julgues. Desaprende a superfície e dá às coisas o tamanho da sua profundidade. Viver não é fazer anos. É fazer com que o tempo se transforme em idade. Só a idade nos ensina a não julgar e a deixar de fazer juízos de valor sem valor nenhum.

lado.a.lado

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Anathema, 10.11.24

 

Da escritora Louise L. Hay
“Neste sábado, completarei 90 anos. Minha juventude foi marcada pelo medo; hoje, cada dia é repleto de confiança.
Minha vida só começou a fazer sentido por volta dos 40 anos. Aos 50, iniciei minha carreira como escritora, de forma modesta – no primeiro ano, lucrei 42 dólares. Aos 55, enfrentei meu receio de computadores. Fiz aulas, superei o medo, e hoje me acompanham três computadores, além do meu iPad e iPhone para onde quer que eu vá. Aos 60, plantei meu primeiro jardim. Matriculei-me em aulas de arte infantil e comecei a pintar. A criatividade só cresceu nos meus 70 e 80 anos, e a cada dia, minha vida se torna mais rica e plena.
Ainda escrevo, dou palestras, ensino através das minhas ações. Leio e estudo constantemente. Sou dona de uma editora de sucesso e fundadora de duas organizações sem fins lucrativos. Sou jardineira orgânica dedicada e cultivo boa parte da minha própria comida. Amo as pessoas, adoro festas, tenho amigos carinhosos e viajei pelo mundo. Continuo pintando e ainda me matriculo em aulas. Minha vida se tornou um tesouro de experiências.
Quero ajudar você a conceber uma visão consciente para os anos que virão, para que enxergue que esses podem ser os mais gratificantes de sua vida. Quero que saiba: seu futuro é brilhante, não importa sua idade. Que seus anos se transformem em verdadeiros anos de tesouro.
Com amor,
Louise.”
 
LOUISE L. HAY (1926-2017)

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Anathema, 10.11.24

 

Quando Cresceres
Quando cresceres, quando cresceres,
Quando a vida me afastar de você
E eu não puder mais cuidar de você,
Escute bem o que vou te dizer:
Se você gosta de uma blusa, use-a.
E se você gosta de uma saia, volte a usá-la.
Quer cortar o cabelo? Corte-o.
E se gosta de se maquiar, maquille-se.
Se você gosta de uma música, ouça-a.
E se gostar de dançar, dance.
Que ninguém venha dizer-lhe como viver a sua própria vida.
 
Fernando Garcia

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Anathema, 05.11.24

 

Minha avó uma vez me deu uma dica:
Em tempos difíceis, você avança em pequenos passos.
Faça o que você tem que fazer, mas pouco a pouco.
Não pense no futuro, nem no que pode acontecer amanhã.
Lave os pratos.
Retire o pó.
Escreva uma carta.
Faça uma sopa.
Você vê?
Você está avançando passo a passo.
Dê um passo e pare.
Descanse um pouco.
Elogie-se.
Dê outro passo.
Depois outro.
Você não notará, mas seus passos crescerão cada vez mais.
E chegará o tempo em que você poderá pensar no futuro sem chorar.
 
Elena Mikhalkova
Em “A Sala das Chaves Antigas”

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