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Anathema, 07.10.24
A lição mais dolorosa que a vida adulta me ensinou é a necessidade implacável de sobreviver, mesmo quando estou completamente despedaçado por dentro.
Não importa se meu coração está em pedaços, se estou enfrentando o luto pela perda de alguém amado, ou se estou exausto ao ponto de mal conseguir sair da cama. A vida não pausa para que eu recupere o fôlego. Ela segue impassível, alheia à minha dor, e eu sou forçado a acompanhá-la, mesmo quando cada fibra do meu ser implora por um momento de descanso.
O mais difícil de aceitar é que ninguém nos prepara para isso. Crescemos sendo embalados pela doce ilusão dos finais felizes, apenas para sermos confrontados com a dura realidade de que sobreviver muitas vezes significa fingir estar bem, quando na verdade estamos em pedaços. E talvez essa seja a parte mais cruel: não apenas sobreviver, mas fazê-lo em silêncio, sem deixar transparecer o peso esmagador que carregamos.
Ainda assim, em meio a essa batalha silenciosa, encontramos uma força que nunca imaginamos possuir. Porque, apesar de tudo, continuamos em frente. E isso, no fim, é o verdadeiro ato de coragem.
– Sona Rajput