Um dia, na escola, os nossos netos e bisnetos vão aprender que em 2022 um homem, cuja loucura apenas se equiparou à de Hitler, invadiu um país independente e democrático bombardeando hospitais, escolas e outros edifícios civis.
Não sei que desfecho lhes vai ser ensinado. Não faço ideia se o louco vai ou não conseguir subjugar uma Ucrânia que resiste sozinha e escolheu morrer de pé.
Mas espero que, no dia em que tiverem a primeira aula sobre esta guerra, a professora de história lhes fale do homem de 80 anos que se apresentou ao exército ucraniano com um saco com três t-shirts, umas calças, uma escova de dentes e algumas sandes e disse que queria lutar pelo futuro dos netos.
Espero que a professora lhes fale dos ucranianos que, sozinhos numa ilha, perante a ameaça de bombardeio vinda de um navio de guerra russo, responderam ao navio um solene "vai para o caralho" quando lhes pediram que se rendessem.
E que o programa curricular não se esqueça do jovem militar que se rebentou no meio de uma estrada para impedir que tanques russos pudessem passar.
Nesse dia, espero que ouçam a história do jovem casal que, não sabendo o que os esperava, decidiu casar e, logo a seguir, carregou as armas e foi defender o país já como marido e mulher.
E que todas as professoras de história do futuro os ensinem a reverênciar o nome de Volodimir Zelenskii. O presidente que recusou o apoio dos EUA para sair do país. O presidente que ficou em Kiev. O presidente que mostrou ao mundo o que é a coragem e aquilo que um presidente deve ser.
Não sei como é que isto vai acabar, mas quero muito que um dia os nossos netos e bisnetos aprendam que, com uma coragem que envergonhou o resto do mundo, a Ucrânia resistiu.
E que a queda do louco Putin começou no dia 24 de Fevereiro de 2022. O dia negro em que invadiu uma Ucrânia livre.
Slava Ukraine!