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Anathema

"Todos elogiam o sonho, que é o descansar da vida. Mas é o contrário, Doutor. A gente precisa do viver para descansar dos sonhos"

Anathema

"Todos elogiam o sonho, que é o descansar da vida. Mas é o contrário, Doutor. A gente precisa do viver para descansar dos sonhos"

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27.11.21, Anathema

 

“De que são feitos os dias?
-De pequenos desejos,
Vagarosas saudades,
Silenciosas lembranças.”
 
Cecilia Meirelles

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25.11.21, Anathema

 

A verdade é que o Natal se perdeu. Houve uma altura em que ainda o procurei nos bolsos dos casacos que estão guardados só porque temos medo de deitar fora o passado, mas nunca neles encontrei nenhum bocadinho dessa felicidade antiga. Talvez o tempo seja um bolso roto, talvez seja assim que perdemos a infância. Não sei. Sei que o Natal se acendia nos candeeiros de petróleo e que as luzes de agora, embora mais fortes e mais intensas, não exercem sobre mim o mesmo fascínio, nem deixam que as sombras se agitem nas paredes e contem histórias nessa ausência feliz do que viria.

lado.a.lado

 

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25.11.21, Anathema

 

"Essa é a menina que mora em mim.
Enfrenta lutas diárias entre a alegria e a dor, a sabedoria e o medo , a maturidade e o frescor.
Já pensou em desistir, mas no fundo, deseja mesmo é seguir, seja lá pra onde for."
 
Adriane Sabroza

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22.11.21, Anathema

 

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22.11.21, Anathema

 

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21.11.21, Anathema

 

QUANDO A CASA DOS AVÓS SE ENCERRA...
Um dos momentos mais triste da nossa vida é quando a porta da casa dos avós se fecha para sempre. Uma vez fechada aquela porta, não haverá mais tardes felizes com tios, primos, sobrinhos, pais irmãos e irmās. Vocês ainda se lembram disso?
Não precisavamos de ir ao restaurante aos domingos. lamos para casa dos avós. No Natal, toda a família junta. A mesa era muito longa e sempre farta, cabiamos lá todos, mesmo quando a fome e pobreza faziam parte da família.
Hoje a casa está fechada e só resta a poeira. Uma placa de venda.
Ninguém quer aquela casa. Ela é antiga. Tem que
ser remodelada. É muito caro...
Vocės sabem o que vale a casa dos avós. A casa dos avós não tem valor...
E assim passam os anos. Não há mais presentes para descartar. Fritos para comer.. Quando a casa dos avós se fecha, nós nos encontramos adultos sem perceber quando deixamos de ser crianças. Claro para os avós, sempre seremos pequenos e indefesos. Sempre.
Os avós sempre tinham café pronto. Um pão fresco. O vinho. Os doces.. Depois tudo acaba. Não há mais músicas. Não se faz mais massa caseira..
Vocês foram embora cedo demais...
Fica a saudade e as boas lembranças.
Obrigado Avô e Avó por tudo quanto nos ensinaram e pelo bom exemplo.
 
Carlos Ferreira

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21.11.21, Anathema

 

DIÁLOGO DA VIDA IDEAL
- O que ela é sua?
- Ela não é nada minha. Apenas estamos juntos, temos filhos, dividimos a casa, a cama, as contas, fazemos planos e amor, realizamos projetos juntos.
- Então ela é a sua mulher!
- Não. Ela é mulher, mas não é minha. É dela mesma, mas decide estar comigo.
- Então é sua esposa!
- Também não. “Esposa” é uma antiga definição para algemas. E ela não está presa a mim. Está comigo pelo simples desejo de estar. Não temos contratos, apenas vontade. Não temos nenhuma obrigação de permanecer, o fazemos por desejo.
- Isso não é perigoso?
- Perigoso é uma pessoa se sentir obrigada a permanecer onde não deseja estar, fazer sexo por “dever” e sem empolgação, conviver sem amor, estar presa por interesses materiais, coerção social, familiar ou religiosa.
- Então, o que é família?
- Família é um grupo de pessoas com algum grau de parentesco, com ancestralidade comum.
- E os laços afetivos, não contam?
- Ah! Esses são os que realmente importam. Desde que sejam afetos como o amor e desejo recíprocos, em um ambiente de compreensão e cooperação num formato relacional, onde todos se sentem valorizados e beneficiados. De outro modo, restam o medo e a submissão. São relações de domínio. E toda vez que alguém se sente controlado, sente-se também humilhado e, nessa condição, nascem as aspirações de liberdade e vingança.
- Eu não vejo dessa maneira.
- Então você não vê! O olho só vê o que o cérebro é capaz de processar. Mentes trabalhadas para não pensar não ousam atravessar o limite das imposições. E, quando o fazem, sentem-se culpadas e pecadoras.
- Para mim, toda essa fala sua parece blasfêmia.
- É justamente essa a ideia. Sua fala revela o sucesso do condicionamento mental: evitar questionamentos e manter o velho padrão estabelecido. Para os controladores não importa se você é feliz, importa manter as aparências. Não importa que você sofra; desde que conserve as “boas práticas” do manual alienante, você estará em paz com sua imagem social. Ainda que você desenvolva transtornos mentais e doenças físicas, não tem problema, sorria e acene. Continue... Viva uma vida sem prazer, mutile seus sonhos, mas não dê desgosto à família. Tenha pesadelos, insônia e angústia. Ninguém precisa saber o que se passa entre quatro paredes. Além do mais, a indústria cosmética oferece excelentes corretivos para olheiras, os laboratórios farmacêuticos têm antidepressivos e ansiolíticos de última geração para todo mal-estar e a religião está aí para lhe dizer que você não está só.
 
Desconheço autoria.

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21.11.21, Anathema

 

 

Me acostumei
A ocupar toda a cama ao dormir,
A não cozinhar aos domingos
E a voltar na hora que me der na telha.
Me acostumei
A não dar explicações
E fazer o que eu gosto.
Sem que ninguém me critique.
Me acostumei
A comer na meia noite.
E a ver os meus programas favoritos,
A cantar em voz alta
E dançar por toda a casa.
Me acostumei
A receber chamadas a cada rolê
E responder mensagens muito tarde,
A sair com amigos
E viajar um ou outro fim de semana.
Me acostumei
Ao cheiro do café de manhã.
E a andar descalça pelo jardim,
A demorar quando quero me arrumar
E cancelar encontros no último momento.
Só porque sim.
Me acostumei
A mim,
Às minhas coisas,
Para a minha vida
A ficar sozinha...
Relacionamentos são para te fazer aprender a não mais sofrer e saber que você pode e deve ser feliz também sozinha
E é simplesmente maravilhoso..."
 
Texto atribuído na internet a Arnaldo Jabor

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20.11.21, Anathema

 

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20.11.21, Anathema

 

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