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“Quem anda no trilho é trem de ferro, sou água que corre entre pedras: liberdade caça jeito.”
– Manoel de Barros, em “Matéria de Poesia”. Rio de Janeiro: Record, 2001, p. 32.
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“Quem anda no trilho é trem de ferro, sou água que corre entre pedras: liberdade caça jeito.”
– Manoel de Barros, em “Matéria de Poesia”. Rio de Janeiro: Record, 2001, p. 32.
Que a vida te traga a idade, mas nunca o desencanto. Que os anos passem, mas que nunca te habitues. Sê como o rio, que flui em direção a algo maior. Que o teu coração cresça até ao fim e que nele caiba o que não é possível medir: o amor, o sonho e a poesia. Que o tempo te enrugue a pele, mas nunca a alma. A alma quer-se lisa. Espelho e reflexo de luz. Que te ames no amor que dás e recebes. Que a distância nunca te impeça de estar perto e que as vidas de que esta é chegada sejam a memória do que te ensinaram. Nem tudo está escrito. Há coisas que és tu que tens de escrever.
lado.a.lado
Poema dos meus 17 anos
Dizer o que se quer dizer… e há tanta coisa.
Vontade de chorar… chorar pelo sofrimento de querer todas as coisas, de viver todas as vidas… e não poder.
Sonhar.
Viver acima de tudo. Viver como se um sopro eterno suspendesse minha alma e a deixasse aí – no perigo de cair…
mas, na ânsia de subir, mais e mais.
Chora-se pelo que não se tem…
Chora-se pelo sonho que nunca é realidade…
Choro por alguém que nem mesmo conheço, nem sei como é seu rosto, sua voz, suas mãos…
Sei somente que sem ele nunca viverei, nunca serei completa.
– Fernanda Montenegro