Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Anathema

"Todos elogiam o sonho, que é o descansar da vida. Mas é o contrário, Doutor. A gente precisa do viver para descansar dos sonhos"

Anathema

"Todos elogiam o sonho, que é o descansar da vida. Mas é o contrário, Doutor. A gente precisa do viver para descansar dos sonhos"

...

30.11.20, Anathema

 

...

30.11.20, Anathema

 

A minha avó não sabia ler nem escrever. Sabia, no entanto, ler o meu olhar e conhecia as palavras certas com que escreveu no meu coração um amor profundo e que se espraia na minha memória como uma planície rendida ao horizonte. Conta, avó, pedia eu, conta outra vez. E ela contava, vezes sem conta, histórias de antes, histórias de tesouros enterrados, histórias de mouras encantadas que me enfeitiçavam, histórias de que a nossa história se alimentou. Sim, a minha avó não sabia ler nem escrever, não sabia juntar as letras, mas sabia juntar-nos à sua volta, sabia juntar as minhas mãos pequeninas nas suas e o meu coração ao seu. E à noite, na cama, uma ao lado da outra, a minha avó juntava à minha sede de magia a sua voz de veludo e nessas horas só nossas cabia tudo.

lado.a.lado

...

30.11.20, Anathema

 

"E vamos assim... nos equilibrando nos dias com a certeza que tudo passará, tudo sempre passa!
Força, esperança, coragem e fé!"
 
 
❤
 
Casa Rosa

...

30.11.20, Anathema

 

...

30.11.20, Anathema

 

...

29.11.20, Anathema

 

 

"O tempo não muda os olhos, mas mudou o meu olhar."
 
______Braúlio Bessa

...

28.11.20, Anathema

 

Nunca escrevi sobre ti. Escrevi para mim. Por mim. Para me obrigar a lembrar de onde vim e para onde não voltar. Para não me desviar de quem eu quero ser. Escrevo porque as palavras se eternizam quando tudo o resto desaparece. Escrevo para me entender, para me ouvir também. Escrevo quando, nem sempre, me apetece falar.
Escrevo se estiver feliz ou triste, não interessa. Escrevo sobre os meus tudos e sobre os meus nadas. Escrevo essencialmente para me manter sã, para me sentir viva. Escrevo para ser ouvida, escrevo para que me vejam, quando todas as palavras em viva voz se gastaram. Escrever, nunca foi sobre ti ou sobre os outros. É e será sempre sobre mim e para mim. É um acto claramente egoísta que faço por necessidade. É a única coisa que faço genuinamente com o coração pousado em mim, independentemente de todas as palavras que possam passar nos meus pensamentos, independentemente de ser o certo ou o errado... É meu. É o que me vai no peito. É, muitas vezes, a única forma plausível de me libertar. É escrevendo que me encontro. E é quando escrevo que, encontro gente como eu... Que me sinto menos extraterrestre. E, embora possa ter uma vida cheia de situações e de intervenientes, escrever será sempre sobre mim... E para mim.
 

...

28.11.20, Anathema

 

...

28.11.20, Anathema

 

...

28.11.20, Anathema

 

Pág. 1/12