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Julho 07, 2020
Anathema
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Julho 07, 2020
Anathema
Julho 07, 2020
Anathema
Antigamete na escola
havia os ... ‘burros’ ... ‘gordos’ ... ‘caixa de óculos’ ... ‘sem sal’ ... ‘pretos’ ... ‘chineses’ ... ‘indianos’ ... ‘artolas’ ... ‘maricas’ ... etc.
Os ‘burros’ chumbavam !
Não se tornavam doutores como hoje em dia.
Mas a fasquia era definida pelo marrão da turma !
Não era nivelada por baixo como agora.
Somos todos iguais ... diz-se !!
Antes não parecia que fossemos !
Mas o ‘gordo’ também tinha notas brutais e ninguém sabia como !
Talvez porque não jogasse à bola !
O ‘caixa de óculos’ tinha um sentido de humor inigualável mas não fazia corridas pois tinha medo de cair !
O ‘preto’ jogava à bola como ninguém e fazia umas fintas inimagináveis !
Tinha um físico fora do comum !
O ‘chinês’ tinha vindo de outra escola, sabia à brava inglês, e tinha histórias que não lembravam a ninguém.
Cada um tinha um «defeito», até uma alcunha !
Mas tinha ou lutava por ter também outras qualidades.
Hoje não.
Dizem que somos todos iguais.
Agora, tudo ou é bullying ... ou racismo ... ou xenofobia ... ou opressão ... ou assédio ... ou violência !
Antigamente, quando se era mesmo racista, levava-se um "chapadão" na tromba e aprendia-se logo que o ‘preto’ era como nós outros !
Apenas tinha cor diferente.
E não era bullying ! ... Era ‘aprendizagem on job’.
Aprender assim era duro pois dói e não se esquece mais.
E às vezes em casa com os pais também se ‘aprendia’.
O menino ou menina ‘sem sal’ passava despercebido(a) e sentia-se sozinho(a).
Ter uma alcunha diferente era fixe.
A diferença era vista com bons olhos.
E aprendia-se uma coisa importante:
- rirmos de nós próprios.
E não "chorarmos" porque alguém nos chamou isto ou aquilo.
Assumia-se a gordura ... o ‘esquelético’ ... a ‘caixa de óculos’... e tudo o mais que viesse.
Mas quando não se estava bem, quando não se gostava da alcunha, fazia-se uma coisa importante:
- mudava-se, lutava-se por acabar com ela.
Não se culpava os outros nem a sociedade.
Não se faziam ‘queixinhas’ !
E falhava-se ... Muitas vezes !
Mas cada vez que se falhava ficava-se mais forte.
E sabíamos que era assim. Que havia uns que conseguiam, outros ficavam para trás, que havia quem vencia e quem falhava.
Agora não.
Todos somos iguais, há mesmo a chamada igualdade de género !
Todos somos bons ... todos merecemos ... todos temos as mesmas oportunidades ... todos devemos até ganhar o mesmo ... todos somos vítimas ... todos somos oprimidos ... e todos somos parvos …. porque aceitamos este ambiente do ‘politicamente correcto’ sem dizer nada….. e até devemos dizer que somos ‘normais’.
Segundo o novo paradigma social, devem ter muito cuidado comigo, porque:
- Sou velho ou quase ... tenho mais de 50 anos ...e quando chegar à reforma, se chegar a tê-la, o que vai fazer de mim um tolo ...improdutivo ... que gasta estupidamente os recursos do Estado;
- Nasci branco, o que me torna racista;
- Não voto na esquerda radical, o que me torna fascista;
- Sou hetero, o que me torna um homofóbico;
- Possuo casa própria, o que me torna um proprietário rico (ou talvez mesmo um latifundiário);
- Gosto de cordeiro de leite, ... o que me torna um abusador de animais;
- Sou cristão e, embora não praticante, sou um infiel aos olhos de milhões de muçulmanos;
- Não concordo com tudo o que o Governo faz, o que me torna um reaccionário;
- Gosto de ver mulheres bonitas bem vestidas (ou despidas), ou super decotadas, o que me torna um tipo capaz de assediar;
- Valorizo a minha identidade portuguesa e a minha cultura europeia e ocidental, o que me torna um xenófobo;
- Gostaria de viver em segurança e ver os infractores na prisão, o que me torna um desrespeitador dos direitos "fundamentais" protegidos;
- Conduzo um carro a diesel, o que me torna um poluidor, contribuindo para o aumento de CO2;
Apesar de estes defeitos todos, acho que ainda sou feliz …era mais antes da pandemia…. mas mesmo assim ... considero-me um ‘gajo normal’!!
Julho 07, 2020
Anathema
Julho 06, 2020
Anathema
Julho 06, 2020
Anathema
Julho 06, 2020
Anathema
Não mostres. Às vezes, ou por confiança ou por impulso, ou por inocência ou por necessidade, mostras o que te vai na alma, mostras a alma que te vai no peito. Não mostres. Guarda para ti aquilo que os outros de ti não vão guardar. Há quem queira saber só para ir contar. Às vezes, ou por impulso ou por confiança, abrimos o coração a quem não o tem. Nem toda a gente merece conhecer-te como és. Põe uns vasos ao peitoril do coração e que para lá das flores que o enfeitarem só consiga ver quem as regou e fez crescer.
lado.a.lado
Julho 06, 2020
Anathema
Julho 06, 2020
Anathema
"O espelho
Esse que em mim envelhece
assomou ao espelho
a tentar mostrar que sou eu.
Os outros de mim,
fingindo desconhecer a imagem,
deixaram-me, a sós, perplexo,
com meu súbito reflexo.
A idade é isto: o peso da luz
com que nos vemos."
Mia Couto
Julho 03, 2020
Anathema
Julho 01, 2020
Anathema
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