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Anathema

"Todos elogiam o sonho, que é o descansar da vida. Mas é o contrário, Doutor. A gente precisa do viver para descansar dos sonhos"

Anathema

"Todos elogiam o sonho, que é o descansar da vida. Mas é o contrário, Doutor. A gente precisa do viver para descansar dos sonhos"

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31.12.18, Anathema

 

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28.12.18, Anathema

 

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28.12.18, Anathema

 

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26.12.18, Anathema

 

Como pudiera un pez nadar sin agua?

Como pudiera una ave volar sin alas?

Como pudiera la flor crecer sin tierra?

Como quisiera poder vivir sin ti

 

Pero no puedo, siento que muero

Me estoy ahogando sin tu amor

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23.12.18, Anathema

 

Saudade

" Magoa-me a saudade 
do sobressalto dos corpos 
ferindo-se de ternura 
dói-me a distante lembrança 
do teu vestido 
caindo aos nossos pés

Magoa-me a saudade 
do tempo em que te habitava 
como o sal ocupa o mar 
como a luz recolhendo-se 
nas pupilas desatentas

Seja eu de novo tua sombra, teu desejo 
tua noite sem remédio 
tua virtude, tua carência 
eu 
que longe de ti sou fraco 
eu 
que já fui água, seiva vegetal 
sou agora gota trémula, raiz exposta

Traz 
de novo, meu amor, 
a transparência da água 
dá ocupação à minha ternura vadia 
mergulha os teus dedos 
no feitiço do meu peito 
e espanta na gruta funda de mim 
os animais que atormentam o meu sono ."

- Mia Couto,
in 'Raiz de Orvalho'

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23.12.18, Anathema

 

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23.12.18, Anathema

 

 

 

A infância não é um tempo, não é uma idade, uma coleção de memórias.A infância é quando ainda não é demasiado tarde. É quando estamos disponíveis para nos surpreendermos, para nos deixarmos encantar.

Mia Couto

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23.12.18, Anathema

 

 

"São mais os enfeites que os conteúdos, mas não é assim mesmo a festa: feita de ilusão e brilhos maiores que as substâncias?"

*Mia Couto*

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23.12.18, Anathema

 

SAZONAIS ETERNIDADES 
Mia Couto

abres-me, janela,
e antigas memórias
me salpicam o rosto,
chuvas ainda por desabar.

escancaradas portadas,
devolvem-me o corpo,
esse mesmo corpo
que, para febre e desejo,
em outro corpo acendi.

abres-me, saudade
e o tempo se descalça
pra atravessar
incandescentes brasas.

e quando,
de novo, me encerras
volto a dormir
como dormem os rios
em véspera de serem água.

➜a saudade
é o que ficou
do que nunca fomos

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23.12.18, Anathema

 

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