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Anathema

"Todos elogiam o sonho, que é o descansar da vida. Mas é o contrário, Doutor. A gente precisa do viver para descansar dos sonhos"

Anathema

"Todos elogiam o sonho, que é o descansar da vida. Mas é o contrário, Doutor. A gente precisa do viver para descansar dos sonhos"

Como é linda a Puta da Vida

22.04.13, Anathema

 

 

MEC está de volta ... "Como é Linda a Puta da Vida" 
«O que espanta num gato é a maneira como combina a neurose, a desconfiança e o medo - para não falar numa ausência total de sentido de humor - com o talento para procurar e apreciar o conforto e, sobretudo, a capacidade para dormir 20 em cada 24 horas, sem a ajuda de benzodiazepinas.

O gato é neurótico mas brinca. (...) Mas, acima de tudo, descobriu o sistema binário da existência. Que é: dormir faz fome. Comer faz sono. Acordo porque tenho fome.
Adormeço porque comi. Nos intervalos, faço as necessidades.»

 

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21.04.13, Anathema

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21.04.13, Anathema

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21.04.13, Anathema

 

 

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21.04.13, Anathema

Eu tentei

21.04.13, Anathema

Eu tentei ser e viver

Tentei ser uma luz que brilhava 
numa noite de trevas
A vela que queria iluminar 
um quarto sem estrelas
Ser o calor na cama enorme
vazia e estagnada
A madrugada almejada
Depois de um sono em que
não dormi nada
O cantar de um pássaro livre
na madrugada
Uma rosa que não se quer
ver desfolhada
Ser pão e vinho naquela mesa
agora abandonada
Fazer valer a manhã até ser uma
tarde ensolarada
Tentei fazer de tudo para acender
a chama apagada
Não deixei de ser eu, mas fiquei só 
na caminhada
Parada no meio da vazia estrada 
sem quase nada 
Os sonhos esparramados pelo
chão d’alma quebrada 
A minha cabeça está cheia de ideais,
mas as mãos atadas 
Não deixam que, ao menos eu possa ter 
a esperança de novamente 
Poder voltar a fazer florir, uma nova
madrugada renovada.


© Catarina Pinto Bastos

We Might As Well Be Strangers

20.04.13, Anathema

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20.04.13, Anathema




Mesmo sabendo que seria 
Impossível tocar seus limites;
Mesmo sabendo que talvez poderia
Nunca vir a tê-la ao meu alcance,
Propus-me a segui-la,
Independente dos caminhos
Que seu interior me levasse.

Nunca tive a pretensão 
De tê-la em minhas mãos,
Queria apenas sentir a sua vida
Ungindo a minha 
Realidade;
Sentir que réstia de luz
Que fende meus dias
Poderia transformá-los em sonhos.

Por noites e noites
Tive seu corpo no meu,
Seu êxtase se espargindo
No fogo lânguido
Que tantas vezes nos consumia,

Mas o destino furtou
A rima perfeita de nossa paixão
E a poesia
Se apartou dela,
Se partiu pela
Aragem das horas, do dia
De memória
Avassaladora.

Hoje,
Procuro uma rosa
Por entre pedras
Que a vida me impõe.

A mesma vida
Que me propôs
A aceitar os espinhos
E a ver a beleza que há neles;

A mesma vida que trouxe sua poesia
A um poeta que caminhava sozinho;

A mesma vida que, um dia,
Pôs sua luz em meu caminho.

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19.04.13, Anathema

"Substituir a Inteligência à energia, quebrar o elo entre a vontade e a emoção, despindo de interesse todos os gestos da vida material, eis o que, conseguido, vale mais que a vida, tão difícil de possuir completa, e tão triste de possuir parcial."

Bernardo Soares, 'O Livro do Desassossego'

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19.04.13, Anathema

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