Uma tarde de Março
Março 21, 2013
Anathema
Contar-te-ei da tez de uma tarde de março; Das horas descobertas pela tépida brisa Que acaricia nossas almas a deriva, Dizendo-nos da paz sem palavras. ... Contar-te-ei dos pedaços De um tempo onipresente , Das barreiras que se rompem Em estilhaços De ontem Nos olhos do presente. Contar-te-ei das lembranças Que dessangram lágrimas: Reflexos de uma dor que punge e aflige, De uma dor necessária Tanto quanto o ar que respiramos. Contar-te-ei de uma ave chamada vida Que rasga um céu sem rei , sem paradigma... Traçando um ponto de fuga por entre lua e sol Para a noite que se derrama sobre o arrebol.