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Meu homem cacto...
Era um homem que carregava na pele e na alma as marcas de uma infância sem amor, uma vida de aridez emocional.
Desde criança, ele aprendeu a se proteger do mundo com uma armadura de espinhos, mostrando um exterior duro e distante.
Ela era frágil, doce, extremamente protegida, a orquídea mimada de um doce jardineiro
E viu-o assim, distante, inalcançável, indomável e sem dar ouvidos à sensatez, propôs-se conquistá-lo, mesmo que cada aproximação significasse uma franca possibilidade de ser ferida
Não foi fácil.
No entanto, ela via além do seu exterior...
Via o menino que ainda procurava afeto, o homem que temia entregar-se ou ser amado. Nunca aprendeu a abraçar, era desastrada na hora de amar,
Com o passar do tempo, ele começou a se abrir, deixando que ela descobrisse as flores escondidas no seu deserto.
Na sua companhia, ele encontrou um oásis, um lugar onde ele poderia ser ele mesmo sem medo da rejeição.
Ela, chamou-o de seu "homem cacto" e tornou-se a água que acalmava a sua sede de carinho, que hidratava amenizando-lhe os espinhos duros, ela o fazia sentir-se amado, fazia-o sorrir o fazia esquecer...
Ele tinha crescido sem carícias nem palavras gentis, sem os abraços que aquecem a alma, e de repente uma doce orquídea correu o risco de abraçá-lo e o vencido deixou-se domar...repostando