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Anathema

"Todos elogiam o sonho, que é o descansar da vida. Mas é o contrário, Doutor. A gente precisa do viver para descansar dos sonhos"

Anathema

"Todos elogiam o sonho, que é o descansar da vida. Mas é o contrário, Doutor. A gente precisa do viver para descansar dos sonhos"

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“O final de um ciclo pode doer, mas ele não é o final de nossas vidas. Não é porque “algo” termina que significa que “tudo” se acaba. E quer saber? Algumas coisas precisam mesmo terminar. Porque por mais que a gente queria, insista, e ache que é bom, nem tudo que queremos é realmente bom para nós. Quando a gente cresce de tamanho, as roupas do passado já não nos servem mais. Isso também vale para pessoas, lugares e situações. Não dá para insistir no que já não é mais do nosso tamanho.
Um final pode sempre trazer dor, e junto com ele a lembrança do passado, o medo e a incerteza do futuro. A gente precisa respeitar o nosso sofrimento e a nossa própria vulnerabilidade. Mas também superar e entender que algumas coisas precisam morrer para que outras possam nascer.
O final de algo geralmente representa algo muito maior, o final de um padrão ou de uma versão nossa que agora precisa se reinventar. Finais são renascimentos. São processos sagrados em que podemos (e devemos) mergulhar dentro de nós, rever como chegamos aonde estamos, que atitudes, sentimentos, pensamentos precisamos reformular, qual o lixo interno que ficou acumulado que precisa ser jogado fora, e quais forças e potenciais estão em “trabalho de parto” prontas para nascerem em nós.
Dói para nascer. E a gente morre e nasce muitas vezes nessa vida, em todos os momentos que a gente se reinventa e começa de novo. E isso é lindo.
Tem coisas que na verdade nos prendem e a gente nem percebe. E é quando elas terminam que a gente se reinventa, se descobre e faz nascer uma versão nossa muito mais forte e feliz que antes.
Que “recomeçar sempre que for preciso”, seja o nosso maior lema, e que a gente nunca esqueça que às vezes o que nos parece um final doloroso é só o começo da melhor fase da nossa vida.”
 
Alexandro Gruber